A pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão mais elevados do que o normal, mas ainda não suficientemente altos para ser diagnosticada como diabetes tipo 2.
É um estágio intermediário entre a normalidade e o diabetes, sendo um sinal de alerta para o desenvolvimento de diabetes, se não houver intervenções adequadas. É uma condição reversível, mas, se não for tratada, pode progredir e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Causas de pré-diabetes
A pré-diabetes é frequentemente causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Pessoas com familiares próximos que têm diabetes tipo 2 têm maior risco de desenvolver pré-diabetes.
O risco de pré-diabetes aumenta com a idade, especialmente após os 45 anos. Com o envelhecimento, o corpo pode criar resistência à insulina, se tornando menos eficaz em utilizar a insulina para transportar a glicose do sangue para as células, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue.
O excesso de peso, especialmente a gordura abdominal, também está fortemente associado à resistência à insulina, assim como o sedentarismo. Além disso, um conjunto de condições como hipertensão e dislipidemia aumentam o risco de pré-diabetes e, consequentemente, diabetes tipo 2.
Sinais e sintomas de pré-diabetes no corpo
A pré-diabetes frequentemente não apresenta sintomas evidentes, tornando seu diagnóstico desafiador, geralmente seus sinais são sutis.
O aumento da sede e da micção são sintomas muito comuns no diabetes tipo 2, mas podem começar a aparecer em pessoas com pré-diabetes. Assim como a sensação de fadiga que pode ser um indício de que as células não estão recebendo a glicose necessária para gerar energia.
Flutuações nos níveis de glicose podem afetar a visão, gerando visão turva, além de ganho de peso inexplicável particularmente na região abdominal.
Outro sintoma é o Acanthosis nigricans, uma condição caracterizada pelo escurecimento e espessamento da pele, especialmente em áreas como pescoço, axilas e virilha, que pode ser um sinal de resistência à insulina.
Riscos para a saúde da pré-diabetes
Se não tratada, a pré-diabetes pode evoluir para diabetes tipo 2, uma condição crônica que requer controle rigoroso para evitar complicações graves.
Além disso, a pré-diabetes aumenta o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, dislipidemia, sendo níveis anormais de colesterol e triglicerídeos no sangue, além de esteatose hepática, ou acúmulo de gordura no fígado, que pode levar a doenças hepáticas.
Como é feito o diagnóstico de pré-diabetes
O diagnóstico de pré-diabetes é feito por meio de exames de sangue, como a glicemia de jejum, que mede os níveis de glicose no sangue após um período de jejum de 8 horas. Valores entre 100 e 125 mg/dL (miligramas por decilitro) indicam pré-diabetes.
O teste de tolerância à glicose oral (TOTG) é outro exame importante. Após a ingestão de uma solução açucarada, os níveis de glicose são medidos em intervalos específicos. Valores entre 140 e 199 mg/dL após 2 horas sugerem pré-diabetes.
Por fim, a hemoglobina glicada (A1c), que verifica a média dos níveis de glicose nos últimos 2-3 meses, pode diagnosticar a doença. Valores entre 5,7% e 6,4% indicam pré-diabetes.
A realização desses exames é fundamental para indivíduos com fatores de risco, pois permite a detecção precoce e a intervenção adequada para prevenir o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Tratamentos para pré-diabetes
O tratamento para pré-diabetes concentra-se em mudanças no estilo de vida que ajudam a normalizar os níveis de glicose no sangue e a prevenir a progressão para diabetes tipo 2.
As principais abordagens incluem perda de peso entre 5% a 10% do peso corporal, prática de pelo menos 150 minutos semanais de atividade física, como caminhar, nadar ou andar de bicicleta, além de uma dieta saudável.
Alimentação para pré-diabéticos
A alimentação é fundamental no controle da pré-diabetes. Carboidratos complexos como grãos integrais, legumes e vegetais liberam glicose mais lentamente no sangue. Alimentos ricos em fibras, por sua vez, ajudam a controlar os níveis de glicose.
Evitar alimentos e bebidas açucaradas, como refrigerantes e doces, é importante. Comer porções menores ajuda a evitar picos de glicose no sangue, bem como incluir proteínas em todas as refeições: carnes magras, ovos, laticínios e leguminosas.
Em alguns casos, medicamentos como a metformina podem ser prescritos para ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue.
Adotar essas mudanças pode não apenas controlar a pré-diabetes, mas também melhorar a saúde geral e reduzir o risco de complicações futuras.
Faça seus exames no Méthodos
Agende seus exames no Méthodos Laboratório, um dos mais bem conceituados centros de medicina laboratorial de Minas Gerais. São 27 unidades dedicadas a cuidar da sua saúde, em diversas cidades. Confira qual delas fica mais próxima a você. Obtenha mais informações pelo WhatsApp (35) 98405-8237.